11 problemas que fazem o cabelo cair







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Data do post: 25/02/2018 - 14:38

11 problemas que fazem o cabelo cair





“Lidar com toda queda de cabelo da mesma forma é uma conduta ultrapassada e ineficaz”, sentencia a dermatologista Bel Takemoto, preceptora da residência em dermatologia da Faculdade de Medicina do ABC, na Grande São Paulo. “Primeiro temos que montar o quebra-cabeça com uma boa avaliação no consultório e eventuais exames para depois começarmos a agir”, completa.

Claro que a maioria das carecas surge em virtude do envelhecimento e de uma predisposição hereditária à alopécia androgenética – que atinge os dois sexos e é ocasionada pela conversão de altas doses de testosterona em di-hidrotestosterona, molécula que fragiliza os fios. Porém, isso não justifica menosprezar a perda de cabelo ou tratá-la como uma questão puramente estética, em especial se vier acompanhada de outras alterações. A seguir, elencamos 11 motivos para não tirar isso da cabeça.

1. Síndrome metabólica

Pesquisadores da Universidade Yonsei, na Coreia do Sul, examinaram o sangue, as medidas corporais e o cocuruto de 1 884 pessoas. O primeiro resultado: 52,6% delas manifestavam a alopécia androgenética.

Acontece que, nessa turma, havia também uma maior prevalência de diabete, hipertensão, obesidade e triglicérides altos – encrencas que, em conjunto, constituem a síndrome metabólica. “Essas doenças lesam inclusive os vasos que irrigam o couro cabeludo”, justifica o tricologista Adriano Almeida, diretor da Sociedade Brasileira do Cabelo. “Aí o sangue não chega à região como deveria, deixando-a sem a nutrição adequada”, explica.

Há ainda outra hipótese bem aceita de que esses distúrbios (e principalmente o diabete) provoquem uma inflamação crônica que compromete a integridade da cabeleira. Mas a médica Dolores Pardini, presidente do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, pondera que, para flagrar pressão alta e companhia precocemente, melhor mesmo é visitar o médico com regularidade e realizar exames quando necessário.

2. Cigarro

Homens fumantes também correm um risco maior de sofrer com o desmatamento capilar. Acredita-se que as substâncias tóxicas do cigarro enfraquecem as mechas. Como na síndrome metabólica, anos e anos tragando e soltando fumaça levam a uma degeneração dos vasinhos que abastecem as extremidades do corpo – caso do couro cabeludo.

3. Anemia

A deficiência de ferro é a desordem nutricional mais comum do mundo. E a carência desse mineral leva a uma queda na concentração de hemoglobina, proteína presente em células do sangue que é fundamental para o transporte de oxigênio. A isso se dá o nome de anemia, que aflige 30% da população ao redor do globo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Além de cansaço e palidez, o déficit de oxigênio tira a resistência dos fios. “Às vezes pegamos a doença no início devido a alterações no couro cabeludo”, relata Bel.

4. Problemas intestinais

Sim, o ferro parece ajudar a manter o penteado incólume. Mas ele não é o único nutriente que precisa entrar no cardápio. Zinco, cobre e proteínas, entre outros, asseguram a beleza e a firmeza dos fios. A questão é que de pouco adianta adotar uma alimentação balanceada se o aparelho digestivo não consegue absorver as substâncias benéficas vindas da comida. “É o que ocorre nas doenças inflamatórias intestinais, em especial na de Crohn”, alerta Arceu Scanavini Neto, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, na capital paulista.

Aliás, o próprio processo inflamatório no intestino se espalha para outras regiões, podendo repercutir na cabeça. Mais: em certas situações, até os remédios contra esses transtornos resultam em alopécia.

As dietas radicais

Entrar num regime muito restritivo culmina em déficits nutricionais que são capazes de afetar a cabeleira. Aí o projeto de arrasar no verão vai pro ralo.

5. Doença renal crônica

Quando os rins deixam de filtrar o sangue direto, os mais variados sintomas dão as caras: dor de cabeça, náusea, cãibra, inchaço… e calvície. Um estudo turco revelou que, de 365 vítimas da doença renal crônica, 41,4% exibiam falhas no revestimento do cocuruto. Por quê? Não se sabe ao certo, porém as limitações alimentares decorrentes do quadro seriam um motivo. Nesse contexto, vale destacar que a calvície dificilmente será o indício inicial da insuficiência dos rins.

6. Sífilis

Em seis anos, o número de casos dessa infecção sexualmente transmissível cresceu 603% no estado de São Paulo. E, se a bactéria Treponema pallidum gera feridas nos órgãos sexuais logo após invadir seu organismo, passadas algumas semanas ela pode suscitar manchas na pele e queda de cabelo. “A alopécia não é uma consequência frequente da sífilis”, acalma Almeida. Entretanto, a recente disseminação da moléstia fará mais gente se queixar do sintoma. Quem diria que camisinha preserva até as madeixas.

7. Micose

Fungos não gostam apenas das unhas. Se atingem o topo da cabeça, eles podem gerar uma descamação que tira a estabilidade dos fios. Isso sem contar que deixam toda a área mais oleosa, favorecendo a calvície. Embora esses agentes infecciosos possam nos atormentar a qualquer momento, isso é bem mais comum quando o sistema imune do sujeito está fraco, seja por uma questão passageira, seja por uma doença como a aids.

8. Ovário policístico

Lembra que altas taxas de testosterona favorecem a alopécia androgenética? Pois o hormônio masculino é produzido em larga escala nas mulheres que sofrem com a formação de cistos nos ovários. “O excesso da substância ainda desencadeia acne, crescimento de pelos no corpo e ciclo menstrual irregular”, ensina a endocrinologista Dolores Pardini. “E esses sintomas tendem a ser notados antes da queda de cabelo”, diz. Estima-se que 20% da população feminina em fase reprodutiva padeça desse distúrbio.

9. Disfunções da tireoide

Você já deve ter ouvido que essa glândula alojada no pescoço dita o ritmo do organismo inteiro. E os processos de crescimento e renovação capilar não ficam de fora. Se a pequena estrutura em formato de borboleta passa a fabricar doses elevadas dos hormônios T3 e T4 – quadro chamado de hipertireoidismo -, acaba acelerando a reposição celular do couro cabeludo, o que deixa a careca exposta.

Já no hipotireoidismo, a falta de T3 e T4 lentifica o metabolismo. “Aí, há uma maior dificuldade de os fios se desenvolverem”, esclarece Bel. Aliás, a dermatologista conta que os problemas de tireoide estão entre os que mais fazem pacientes chegar ao seu consultório reclamando do cabelo.

Nem tão alterado assim

Há pessoas com uma versão branda (ou subclínica) de hiper ou hipotireoidismo. Não dá pra saber se esses quadros afetariam o cocuruto – mas vale considerá-los ao investigar uma eventual queda capilar.


10. Estresse crônico

“Em torno de 10% das mulheres têm algum grau de calvície. E acho que o número está subindo, principalmente entre as que trabalham em setores muito estressantes”, especula Carlos Oscar Uebel, expert em transplantes capilares e chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital São Lucas, em Porto Alegre. Se a ansiedade nunca vai embora, cria-se uma bagunça hormonal que prejudica, sim, a integridade dos fios.

11. Doenças autoimunes

O fator comum entre as chateações que se enquadram aqui é a agressão das células de defesa contra o próprio organismo. Ocorre que essa investida alastra processos inflamatórios com potencial de machucar o couro cabeludo. Tanto que, entre as consequências do lúpus eritematoso sistêmico – mal que atinge articulações, rins, coração e outros órgãos -, está a alopécia.

Também não dá pra deixar de falar na psoríase. Fora o componente inflamatório, ela instiga a formação de placas na pele que se estendem às entradas da testa. E isso compromete o crescimento de cabelo – inclusive porque rende coceira. Tratar a calvície sem controlar essas condições não vai dar muito certo.

A alopecia areata

Essa doença autoimune se volta especificamente contra os folículos capilares, que sediam a raiz dos fios. Com isso, abrem-se clareiras na cabeça – em casos mais raros, todo o cabelo entra em extinção.




Fonte: saude.abril.com.br




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