Evangelizar na Bolívia será considerado crime; igrejas estão sendo perseguidas e declaram estado de emergência







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Data do post: 22/01/2018 - 10:18

Evangelizar na Bolívia será considerado crime; igrejas estão sendo perseguidas e declaram estado de emergência

A criação da regra do art. 88, alínea 11, do Código do Sistema Penal que tramita perante a Assembleia Legislativa Plurinacional da Bolivia, visa criminalizar o ato de evangelizar pessoas em todo o país. O Novo Código do Sistema Criminal boliviano, proposto em dezembro, deve ser aprovado em breve.





O governo bolivariano socialista de Evo Morales – apoiado por Lula, PT e Foro de São Paulo –  também libera o aborto até a oitava semana, estatiza escolas privadas, acaba com o direito de herança e permite a posse de maconha e cocaína. E em muitas partes do país os cristãos já estão sendo perseguidos.

Lideranças evangélicas e católicas da Bolívia estão denunciando a tentativa do presidente Evo Morales de criminalizar a evangelização. 

Bispos católicos e pastores de diferentes igrejas evangélicas chamam atenção ao artigo 88, porque ele prevê  sete (7) a doze (12) anos de prisão de quem fizer “o recrutamento de pessoas para participação em organizações religiosas ou de culto”.

Centenas de evangélicos fizeram manifestações na capital La Paz. Além dos líderes religiosos, também protestam advogados e jornalistas.

Eles denunciam que o Novo Código do Sistema Criminal acaba com a liberdade de imprensa nos artigos 309, 310 e 311, que tratam de “injúria e difamação”. Na prática, eles preveem prisão para quem fizer denúncias contra o governo e os políticos bolivianos.

O argumento central do governo boliviano é que a liberdade de expressão (seja ela religiosa ou na imprensa) é uma “concessão de Estado”. Esse é um pensamento típico das ditaduras, que aproxima mais ainda a Bolívia da Venezuela, que compartilha do mesmo ideal “bolivariano” –  sendo uma forma latino-americana de comunismo.


Presidente Evo Morales.


Um grupo de representantes da associação Igrejas Evangélicas Unidas revelou que fez um ato em frente ao Palácio do Governo e à Assembleia Legislativa, que deverá aprovar as mudanças propostas por Evo Morales. Eles divulgaram uma declaração na qual exigem “a revogação total do Novo Código do Sistema Criminal”.

Susana Inch, assessora jurídica da Conferência Episcopal Boliviana (CEB), disse que “há uma forte preocupação na Igreja Católica e em todas as instâncias religiosas por causa do conjunto de leis que estão gerando ambiguidades, em que os direitos fundamentais das pessoas podem ser afetados… resultando em uma perseguição injustificada”.

As propostas da nova lei contradizem o artigo 4 da Constituição da Bolívia, que prevê a liberdade de culto. No entendimento dos líderes religiosos, toda manifestação fora dos templos estaria sujeita à censura, o que impediria, por exemplo, retiros de igrejas, procissões ou caminhadas do tipo “Marcha para Jesus”.



Chamam a atenção também para as “restrições à realização de atividades em grupo”, contempladas na nova legislação, que poderia resultar na intromissão do governo nas atividades das igrejas, como cultos.

O pastor Miguel Machaca Monroy, presidente das Igrejas Evangélicas de La Paz, acredita que a formulação dessa lei os impedirá de pregar e evangelizar nas ruas. Por isso, eles estão fazendo uma campanha de oração e jejum em favor do país.

A liderança da Assembleia de Deus da Bolívia emitiu um pronunciamento, dizendo que o país se encontra em uma “situação de emergência, que pelo visto é gravíssima”.


Imagens: Divulgação.



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