Na mais recente agressão, o aluno deu socos, puxões de cabelo e chutes nas costas de um professor que havia pedido para ele parar de brincar com a comida. O estudante não obedeceu e foi retirado da cadeira, quando partiu para a violência.
A policial que apreendeu o menino o enquadrou na "Baker Act", uma lei na Flórida que permite que pessoas mentalmente doentes sejam encaminhadas a um centro de saúde mental por 72 horas, contra a vontade. Em novembro, ele foi levado ao mesmo hospital para fazer exames. Na unidade, os médicos avaliam se o pequeno é uma ameaça para os outros.
Em entrevista à agência de notÃcias Associated Press, a mãe do aluno, Mercy Alvarez, afirmou que seu filho não tem transtorno mental e descreveu a prisão como "abuso policial". Ela negou que tenha sido autorizada a acompanhar o menino no centro de saúde mental em qualquer dos dois casos, ocorridos no mesmo ano letivo da instituição de Miami. O setor de compliance do órgão educacional investiga o incidente.
Mercy disse ainda que o menino não mostrou comportamento agressivo em casa. Ela ressaltou que quer entender por que o filho começou a apresentar problemas na escola desde o inÃcio do ano letivo. Ainda segundo ela, em anos anteriores, a criança tinha boas notas e mostrou bom comportamento.
"Se meu filho não estava mais agressivo quando chegamos, como eles dizem que ele estava, por quê tomar medidas tão extremas? Isso é demais para um garoto da idade dele. Não pode ser um procedimento normal", afirmou.
Diante da revolta da mãe e da repercussão nas redes sociais, as autoridades divulgaram que foi necessário, pela segunda vez, algemar o garoto e enquadrá-lo na mesma lei.
Em seu relatório, o policial descreveu que outro professor e vários alunos testemunharam a agressão. Segundo ele, o pai do jovem concordou com a sua condução do hospital. Já a mãe gravou a detenção do menino e, ao postar no Facebook, recebeu milhões de visualizações.
Uma porta-voz do distrito educacional, Jaquelyn Calzadilla, destacou que o menino não foi preso, mas sim, "detido para transporte". O chefe da unidade, Ian Moffett, ressaltou ser raro que estudante desta idade sejam enquadrados ao Baker Act, mas defendeu que a ação foi preventiva do "comportamento errático e violento" do aluno.