Quando Melo se preparava para ceiar o Ano Novo, foi supreendido pela PF e entrou 2018 na cadeia







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Data do post: 01/01/2018 - 10:56

Quando Melo se preparava para ceiar o Ano Novo, foi supreendido pela PF e entrou 2018 na cadeia

Nem Natal e nem Ano Novo para José Melo. O ex-governador está preso novamente. A juíza federal Ana Paula Serizawa acatou parcialmente, neste domingo (31), os recursos do Ministério Público Federal no Amazonas (MPF-AM) para que Melo e outros oito presos nas operações Custo Político e Estado de Emergência voltassem à cadeia. O ex-governador e cinco de seus ex-secretários foram presos no último dia 21, no âmbito da operação Estado de Emergência, da Polícia Federal, MPF-AM e Controladoria Geral da União.

De acordo com o delegado federal Alexandre Teixeira, responsável pelas operações Custo Político e Estado de Emergência, José Melo,  Afonso Lobo (ex-Sefaz), Wilson Alecrim (ex-Susam) e Evandro Melo (ex-Sead) foram presos no final da tarde de hoje e levados para a Superintendência da Polícia Federal. Já Pedro Elias, também ex-Susam, não estava na casa onde mora e é considerado foragido pelo órgão. 

Ainda segundo o delegado, todos os presos na tarde deste domingo passarão a noite na Superintendência da PF. Somente neste dia 1º é que eles devem ser levados para o sistema prisional do Estado, onde devem ficar presos no Centro de Detenção Provisória de Manaus 2 (CDPM 2).

A prisão de Melo é temporária, ou seja; tem prazo de cinco dias. De acordo com a juíza Ana Paula Serizawa, a liberação de Melo por ele ter sido fotografado no centro de triagem e também pelo fato dele ter sido algemado não se justifica. 

O MPF-AM queria também nova prisão de Raul Zaidan (ex-Casa Civil) e dos empresários Mouhamad Moustafa, Keytiane Evangelista e José Duarte dos Santos Filho, mas a Justiça negou o pedido.

Ana Paula Serizawa é a juíza federal que está de plantão até o dia 1° de janeiro e também relatora do processo oriundo da Operação Maus Caminhos. Ela estava no plantão judicial nesta virada de ano e decidiu sobre o pedido do MPF. 

Os recursos do MPF

No recurso em que pede novamente a prisão de Melo, o procurador da República Fernando Soave destaca que o juiz natural fora de plantão em decisão de 16 de dezembro já havia rechaçado argumentos como “a fragilidade do sistema prisional e a potencial periculosidade aos requeridos alvos da operação” para colocar em liberdade o político.

“De fato, considerando que não apenas os custodiados das operações ‘Maus Caminhos’, ‘Custo Político’, ‘Estado de Emergência’ (todos eles de maior poder econômico e político, conforme citado pela juíza titular no trecho acima) estariam em risco em caso de eventual colapso ou rebelião do sistema prisional amazonense (segundo informações da SEAP), causa espanto que somente eles tenham direito a prisão domiciliar concedido, em detrimento de tantos outros presos/custodiados de facções rivais, inimigos internos na penitenciária, tão ou mais vulneráveis que os alvos das referidas operações”, sustenta o procurador no recurso.


Reportagem especial de A Crítica




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