Data do post: 27/12/2017 - 16:10
Paralização dos Policiais Militares continua no Rio Grande do Norte
Bombeiros e policiais militares decidiram, em assembleia na tarde desta quarta-feira, 27, manter a chamada "operação Segurança com Segurança", que paralisa desde quarta-feira, 20, os serviços das corporações e mantém as ruas do Estado sem policiamento.
Foto: Divulgação.
Desde o inÃcio do protesto, 190 homens da Força Nacional de Segurança Pública fazem rondas nas ruas das principais cidades do Estado. Os militares e policiais civis reclamam de más condições de trabalho e pedem o pagamento dos vencimentos de novembro e 13º salário ainda este ano, mas o governo alega não ter recursos.
Por conta disso, eles decidiram iniciar uma operação de "rigorosa observância e acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições". Na prática, eles se apresentam no serviço, mas se negam, por exemplo, a guiar carros sem curso especÃfico de qualificação ou seguir à s ruas sem equipamentos completos de segurança.
"Não é paralisação, é uma mudança de postura", diz o sargento Ivanildo.
O clima nas cidades é de apreensão. Sem polÃcia na rua, nesta madrugada pelo menos três estabelecimentos foram invadidos e assaltados em Mossoró, maior cidade do interior potiguar. Uma policial da Força Nacional foi baleada após reagir a um assalto em Natal. Uma praça de alimentação no bairro da Candelária também foi alvo de assaltantes.
Foto: Divulgação.
Segundo o Observatório de Violência Letal Intencional, entidade que computa mortes no RN, houve alta 35% no aumento de homicÃdios na semana de paralisação de atividades das polÃcias. Nos sete dias, foram 50 mortes registradas --contra 37 no mesmo perÃodo de 2016. Somente da 0h de 22 à s 18h do dia 25 foram 34 homicÃdios.
Até outubro, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do RN, foram registrados 2.027 homicÃdios, mais que todas as 1.979 mortes registradas em 2016 inteiro.
O governo do Rio Grande do Norte afirma que enfrenta uma grave crise financeira e pediu ajuda ao governo federal para pagar débitos com servidores.
Além das polÃcias e dos bombeiros, muitas categorias também rechaçaram o calendário de pagamento apresentado pelo Estado, e o governo enfrenta outros protestos e paralisações.
Uol
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